Na quarta-feira, 22/1, Constantino Scampini, presidente da Confederação Brasileira de Hipismo (CBH), ao lado de Daniel Khury, vice-presidente e diretor de Salto, anunciou o novo técnico do Time Brasil de Salto: o holandês Piet Raijmakers. Raijmakers, ouro por equipes e prata por equipes na Olimpíada de Barcelona 1992 e campeão mundial por equipes em Aachen 2006, estará à frente das equipes de alto rendimento no Exterior, junto aos atletas Senior Top (rendimento máximo) no Brasil e também contribuindo na formação de jovens talentos e cavalos novos no ciclo olímpico dos próximos quatro anos até Los Angeles 2028. Esta semana, o treinador encontra-se na Sociedade Hípica Paulista ministrando uma clínica para profissionais, jovens talentos e amadores e o anúncio foi oficializado durante uma breve palestra.
"Obrigado pela presença, agora para prestigiar oficialmente o técnico da nossa equipe de salto Piet Raijmaker",destacou Constantino Scampini. "O Piet é um cavaleiro de excepcionais condições, muito prestigiado internacionalmente. Conseguimos trazê-lo para tentar levar o Brasil a pelo menos três medalhas: no Mundial, Pan-americano e Olimpíadas", pontuou Scampini, bem-humorado. "Esse também é o projeto do Piet. Vamos naturalmente tentar, vamos precisar somente atletas e cavalos agora. A vontade e o treinador a gente têm", acrescentou o dirigente que assumiu a CBH no início de 2025.
"Vamos buscar fazer com o nosso esporte, ainda mais do que já foi feito e dar sequencia ao trabalho feito pelo Philippe Guerdat, Pedro Paulo Lacerda (chefe de equipe), Fernando Sperb (presidente) e o próprio Daniel Khury, agora vice-presidente e que já era diretor da Salto na gestão anterior. Devemos muito ao Phillipe, agradecemos e vamos substitui-lo pelo Piet, que com certeza vai continuar esse excelente trabalho."
Em sequência, Daniel Khury destacou o planos para o novo ciclo. "Primeiramente agradeço ao Ronaldo Milan, presidente da Hípica Paulista, por ter cedido o espaço para fazermos a clínica. Quando o Constantino, presidente, me deu a missão de a gente ir atrás de um novo treinador, entrei em contato com o Piet e logo de cara falei para ele que a nossa conversa tinha fluido. Senti que é um cara entusiasmado, tem tempo, experiência e bagagem para coordenar esse projeto pros próximos quatro anos", pontuou Khury. "Ele veio ao Brasil para gente conversar e acabamos fechando essa contratação. Durante as nossas conversas eu fiz algumas abordagens referente à maneira que gostaríamos de trabalhar, não somente com a equipe principal, mas também dando muita atenção aos nossos cavaleiros Senior Top em atividade no Brasil para que a gente tivesse um estreitamento dessa distância entre a Europa e o Brasil", explicou Khury.
"Ao mesmo tempo é muito importante a construção da base aqui no Brasil também com os nossos jovens talentos. O Piet está muito solicito e disposto, entusiasmado a trabalhar nesse projeto. Vamos iniciar um novo ciclo e espero que seja vitorioso. Agora pouco também falei com o Antônio Celso Fortino, presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos de Hipismo (ABCCH), que também está lançando um projeto muito legal dos cavalos novos e já foi bem-sucedido anteriormente quando conseguiu levar um Brasileiro de Hipismo, o Landpeter, às Olímpiadas do Rio. Também conversamos agora para incluir o Piet nesse processo de avaliação dos cavalos novos. Vamos também trabalhar nessa área e espero que tenhamos sucesso nos próximos quatro anos."
Dando prosseguimento à apresentação, Piet Raijmakers iniciou falando um pouco sobre sua vida e carreira. "Primeiro quero contar uma breve história, quem sou, de onde vim e o que faço hoje. Sou o número seis de uma família de fazendeiros de nove filhos. Comecei montando sem sela em pôneis. Fui membro de um pônei clube por cinco anos, mas não tive resultados esportivos. Terminei a escola e comecei a trabalhar como ferrador. Eu não tinha cavalos próprios e, aos poucos, o pessoal da região me deu cavalos para começar a montar. Fui muito feliz. Tive um cavalo muito bom e, em muito pouco tempo, me tornei um bom cavaleiro por duas razões: um bom cavalo e um bom treinador que foi o mesmo durante toda minha vida. Aos 18 anos me tornei profissional", resumiu Raijmakers.
"Com 19 anos eu já estava na equipe olímpica. Já aos 35 anos eu tinha idade e experiencia suficiente para ter o melhor o cavalo da minha: a égua Ratina Z. No primeiro ano, em 1991, fomos campeões europeus por equipe e fui quarto individual. Um ano depois, em 1992, fomos ouro por equipes e prata individual na Olimpíada de Barcelona 1992. Depois a Ratina foi para o Ludger Beerbaum (multicampeão olímpico alemão) e teve uma carreira fantástica. Mas meu nome estava ali. Quando você tem 36 anos ou se estou aqui agora: não é porque sei que sei montar, mas porque posso fazer um plano hoje para daqui a nove meses. Foi o que fiz em 1990 e 1992 e também em 2006 no Campeonato Mundial em Aachen e deu muito certo. Em 2000 tb fiz para Jeroen Dubbeldam, campeão olímpico individual em Sidney", destacou o treinador. "Fiz um planejamento diário para chegar a uma Olimpíada. Lembrei disso quando estava no pódio e vou tentar fazer isso para o Brasil também: falar com os cavaleiros, olhar para os cavalos e traçar um plano perfeito direcionado para qualquer campeonato.", acrescentou Raijmakers.
"Eu conheço 80% dos cavaleiros brasileiros que estão na Europa e América. O Brasil é um país dos cavalos: têm cavalos muito bons e cavaleiros muito bons. Agora temos que fazer um plano para chegar no auge no dia certo com a equipe e também na disputa individual. E só tem um caminho para atingir isso: com trabalho duro, cavaleiros e cavalos em forma e fazer um bom plano. Não exijam demais de seus cavalos. Há um tempo certo para cada conjunto. Esse é plano, mais do que isso até agora eu não tenho, sou treinador há poucas horas."
Informações para imprensa
Carola May
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