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Time Brasil de Concurso Completo vira em 11º lugar após o Adestramento e hoje tem cross country

31.07.2021  |    81 visualizações ESPORTE 1

Cumprida a 1ª fase do Concurso Completo de Equitação, o Time Brasil com Marcelo Tosi montando Genfly, Rafael Losano com Fuiloda G e Carlos Parro com Goliath larga no cross country, a mais esperada prova e grande divisor de águas da modalidade, nesse sábado, 31, a partir das 19h45 (fuso brasileiro).

Após dois dias de prova terminou a 1ª fase do adestramento no Concurso Completo de Equitação nos Jogos Olímpicos no parque equestre Baji Koen de Tóquio na noite da sexta-feira, 30/7, ou seja, sábado, 31/7, pela manhã em Tóquio. O primeiro conjunto do Time Brasil foi Marcelo Tosi que montando Glenfly fechou com -31,50 pontos, 68,5%, na 21ª colocação. Rafael Losano com Fuiloda G registrou - 36 pontos, 64%, sendo 43º colocado e Carlos Parro, o Cacá, com Goliath, - 36,10 pontos, 63,9%, 44º, empatado com outros dois conjuntos.

O Brasil encontra-se em 11º lugar com - 103 pontos. A Grã Bretanha lidera, - 78,30 pontos, seguida pela Alemanha, - 80,40 pontos, e Nova Zelândia, -86,40 pontos, entre um total de 15 países. E nada está definido e tem muito jogo pela frente. A 2ª fase do Concurso Completo começa com o emocionante cross-country, nesse sábado, 31, a partir das 19h45, fuso brasileiro.

Todos os integrantes da equipe deixaram o picadeiro satisfeitos com suas apresentações, especialmente Tosi. "Foi muito bom. Estou contente. O Glenfly ficou um pouquinho fora do ponto. Quando entrei anida estava batendo palma e lá dentro a parte do trote ficou um pouquinho fora do que eu gostaria. Mas ele se comportou bem. Estava um pouco tenso, não sei se deu para notar, mas não pude exigir tudo. Meu objetivo era ficar na casa - 28 pontos. Chegamos perto", contou Tosi, que também falou sobre Glenfly, um puro sangue inglês de corrida de 16 anos, que vem chamando atenção da mídia especialmente na Inglaterra.


"Antigamente se usava muito puro sangue no Concurso Completo. A prova era mais longa, então se usava um cavalo que galopava mais. O cross chegava a 12 a 13 minutos (em Tóquio o tempo permitido é de 7hmin45s). Agora na modernidade se usa mais cruzamentos de Puro Sangue Inglês em cavalos warmblood. Então na Inglaterra que tem muito cavalo de corrida fica a questão do que fazer com eles quando param de correr e, por isso, a imprensa se interessa. O Glenfly é um cavalo que saiu das pistas de corrida e chegou a uma Olimpíada. Já fez eventos 5* nos EUA, Europa e agora Asia. Então isso tudo mexe com a economia e atividade do cavalo de corrida na Inglaterra e Glenfly já tem um fã clube por lá."

Tosi, 52, medalhista pan-americano e cavaleiro olímpico, também falou sobre a dificulade do percurso de cross country Sea Forest Park, na baía de Tóquio. O cross está no nível de 4* forte como tem que ser uma Olimpíada e muitas perguntas de nível 5* estrelas (grau máximo). O percurso está muito truncado. Tem pouco espaço para galopar com muita volta para trás. Os cavalos vão cansar mentalmente e aí pode acontecer um erro do cavaleiro ou cavalo que não está pronto para ajudar. Temos que fazer o nosso melhor e nosso melhor, sem forçar mais do que é possível. As equipes - agora com somente três cavaleiros e sem direito a descarte, o que é algo novo para todos."

O jovem cavaleiro Rafael, 23, integrante do Time Brasil medalha de prata no Pan Lima 2019 ao lado de Marcelo Tosi e Carlos Parro, também comentou sua atuação. "Estrear em uma Olimpíada é um sonho que eu estou realizando. Meu adestramento poderia ter sido um pouco melhor, mas tive que entrar à noite. A Fuiloda é uma égua assustada, ainda nova. Ela estava bem, mas achei que estaria um pouco mais relaxada, faz parte do negócio. Tive um erro no galope. Na lateral da pista tinha uma camera que fica mexendo e ela se assustou, trocando de mão. O resto acho que faltou um pouco de concentração em tudo, as notas que poderiam ser 7, 7,5 foram pra 6,5", analisou Rafael, que ainda falou sobre a estreia em Jogos Olímpicos. "A gente fica um pouco nervoso. Mas quando colocamos a bota e montamos e fazemos o que fazemos todo dia, a gente se sente em casa."

Carlos, o Cacá, com Goliath foi o último cavaleiro no picadeiro e saiu um pouco desapontado com sua nota. "Eu achei a prova boa, as notas não foram o que a gente tava esperando. Mas o cavalo se comportou muito bem. Não tenho o que fazer. Para gente fica difícil, senão tiver ninguém de baixo para ajudar. Só quando eu ver o vídeo poderei analizar. Na Inglaterra fizemos três provas com média por volta 70%", disse Carlos, que foi antecedido pelo bicampeão olímpico alemão Michael Jung. Jung com Chipmunk FRH fechou com apenas -21,10 pontos, 78,9%, na liderança da competição no individual. "Agora vem o Cross. Meu cavalo é novo e é difícil saber como vai se comportar. Mas já saltou cross desse nível", finalizou o Cacá.


Conforme a regra, os três brasileiros largam no cross country, na mesma ordem do adestramento: Tosi será 15º, Rafael, 39º, e Cacá, 61º.

Cronograma da competição:

Domingo, 1 de agosto
CCE Cross Country Equipes e Individual
Fuso Japão - 7h45 - 11h10
Fuso BSB – 31/7 – 19h45 – 23h10
(63 participantes)

Segunda-feira, 2 de agosto
CCE Salto Final Equipes e Individual
Fuso Japão 17h00 – 19h35 e 20h45 - 21h45
Fuso BSB 5h00 – 7h35 e 8h45 – 9h30
Cerimônia de Premiação Equipes
Cerimônia de Premiação Individual
(25 participantes)

O hipismo tem transmissão ao vivo pelo canal Sportv + e Globoplay.

Acompanhe os resultados no portal da FEI

Imprensa CBH Carola May e Rute Araújo com entrevistas Revista Horse; img: Luis Ruas / Hipismo Brasil

Informações e pautas especiais: 

Carola May - imprensa@cbh.org.br

+ 55 11 99715 9499

Rute Araujo - ruthe.araujo@uol.com.br

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Isabella Campedelli - comunicacao@cbh.org.br 

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